O fenômeno do impostor
O fenômeno do impostor
Hoje vamos falar sobre algo que tem ganhado destaque nos círculos científicos: o fenômeno do impostor. Embora não seja classificado como um distúrbio mental, tem um impacto significativo na autoimagem de muitos de nós.
Imagine a sensação persistente de que você não é digno de suas conquistas, seja seu cargo, salário ou diploma. Conhecidos como ‘impostores’, esses indivíduos atribuem seu sucesso à sorte, esforço momentâneo ou a habilidade de enganar os outros – mesmo quando validados externamente.
O pensamento intrusivo pode sabotar uma carreira promissora, levando à reclusão e evitando a promoção do próprio trabalho por medo de serem ‘descobertos’. Isso pode resultar na perda de visibilidade e oportunidades. A procrastinação e o perfeccionismo paralisante também podem entrar em jogo, e por mais paradoxal que pareça, o sucesso não é a cura.
Este fenômeno, que ganhou destaque nas redes sociais por volta de 2010, tem sido objeto de estudos acadêmicos crescentes, com metade de todas as publicações sobre o assunto surgindo a partir de 2013. Mas, é um assunto complexo e as estimativas de sua prevalência variam consideravelmente.
E aqui, temos um paradoxo: o fenômeno do impostor se tornou mais conhecido porque mais pessoas estão enfrentando esse problema, ou mais pessoas se identificam porque o assunto ganhou mais visibilidade?
Embora ainda haja muitas perguntas sem resposta, acredita-se que fatores contemporâneos, como as redes sociais e o trabalho remoto, possam estar tornando o sentimento de impostor mais prevalente. Ainda há muito a aprender, mas o que sabemos é que está correlacionado com depressão e ansiedade, é mais comum entre mulheres e minorias étnico-raciais, e está associado a burnout e insatisfação no trabalho.
Portanto, enquanto continuamos a explorar este fenômeno, lembre-se: você é digno de suas conquistas e não está sozinho nessa jornada.